BERNARDOART

ANSIEDADE POR EXCESSO


TRANSTORNO DE ANSIEDADE POR EXCESSO DE INFORMAÇÃO


 Para se ter uma ideia do potencial do problema, hoje produzimos milhares de vezes mais informações em um ano do que todas as gerações que nos antecederam e, provavelmente, você recebe em um mês mais informação do que o seu tataravô teve acesso durante toda a vida. Muitas pessoas podem estar vivendo o que se convencionou chamar ansiedade de informação ,esse transtorno é causado pela avalanche de informações que recebemos todos os dias sem sermos capazes de entendê-las ou selecioná-las.

Usar ou ser usado

Apesar de ainda não ser classificada como uma patologia,especialistas são unânimes em dizer que essa ansiedade afeta a saúde e a qualidade de vida das pessoas, principalmente devido ao ritmo acelerado e à abundância de dados proporcionados pelas novas tecnologias. “Nossa capacidade de seleção tem de fazer parte do nosso aprendizado. Temos de perguntar: eu uso a tecnologia ou é ela que está me usando? Se ela não trouxer conforto então fizemos alguma coisa errada, não ao inventá-la, mas em como lidamos com ela”, analisa o médico Roberto Cardoso, coordenador de medicina comportamental do Femme Laboratório da Mulher (SP).

Atenção aos sinais

Os sintomas mais comuns são frustração por não manter-se atualizado, saber pouco ou com atraso;necessidade de checar a mesma coisa em diversas fontes; e estresse pela dificuldade de lidar com tanta informação. Essa ansiedade prejudica o desempenho. “Você fica distraídoagitado, não para de balançar o corpo, tem lapsos de memória e pode até ter problemas de concentração”, diz Cardoso. Para a psicóloga Juliana, trata-se de um comportamento de dependência. “É como se a pessoa precisasse daquilo para sobreviver." Ela explica que três pontos mostram que algo está errado. “A primeira coisa é quando a pessoa só gosta de estar conectada. Não lê, não conversa com ninguém, só fica ligada, como se isso fosse a única fonte de prazer”, diz. A segunda coisa é quando o indivíduo começa a ter perdas no trabalho e nas relações. “A pessoa deixa de sair de casa para entrar na internet, perde o horário, não dorme porque se conecta às duas horas da manhã, perde o tempo que tinha de estar trabalhando para ficar on-line, analisa. Já o terceiro ponto é querer parar com o comportamento, mas não conseguir. “Existem pessoas que acordam no meio da noite para ver se tem alguma atualização e não conseguem dormir”, observa.
Texto: Letícia Maciel - Revista Viva Saúde
Foto: Internet

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